
um fio de néon
te sustém no ar
como uma bailarina
prendendo-te ao irreal
E se a morte te esquecesse?
ficarias a brilhar como as estrelas
brilharias como os pirilampos nas noites escuras
brilharias como os diamantes nos finos pescoços
das mulheres esbeltas
E se a morte te esquecesse?
serias uma bailarina perfeita
ao som dos raios da lua
serias um sorriso numa face rosada de uma bela criança
serias o olhar apaixonado
mas a morte
lembrou-se de ti
e quis te retirar as asas
Tu foste mais esperta
e fugiste dela
fingindo o sono eterno
depois,
quando a morte se fartou de te procurar
apareceste
e como um passo de magia
voaste entres as falésias junto ao mar
voaste como um anjo
vencedor
sorridente
voaste
para longe
voaste
para o eterno
voaste
para a doce vida eterna
para o sonho
para o paraíso
e entre as melodias que cantavas
eu dançava como uma bailarina de papel
voava entre os teus dedos
e aparecia no teu sorriso majestoso
eu era feliz
quando, simplesmente entoavas uma doce canção
Lylia Violet
Com a Eterna Saudade, mamã
O teu poema é muito bom. Bem estruturado, sentido e com palavras muito bem escolhidas. É uma inspiração que veio de dentro de ti... nota-se.
ResponderEliminarEngraçado, a pessoa da foto faz-me lembrar alguém... Mas deve ser impressão minha...
Querida amiga, boa semana.
Um beijo.
Acho que parei a ler o poema...e me deixei ficar, presa nos movimentos das sílabas.
ResponderEliminarObrigada por estares aí!
Um beijo
BlueShell