quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Poesia

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Como todos os dias, debrucei-me sob a minha janela e inspiro.

Inspiro com tanta força com medo que o ar se acabe naquele mesmo instante.

O sol andava desaparecido, o dia está abafado.

As palavras começam a vaguear pela mente.

Sei que se escrever parte de mim, ela se misturará com a realidade.

E sei também que a minha alma jamais coexistirá com a realidade.

Portanto, escrevo.

Escrevo porque parte de mim está doente, enlouquecido.

Escrevo porque a minha outra parte luta para permanecer na lucidez.

Mas, o que será a lucidez ou a loucura?

Lucidez?

Renuncio esse cargo.

Deixo-o para vós.


5 comentários:

  1. Uau....que paulada...duro escrever sobre isso...e tão claramente...gostei...tem peito..é uma verdadeira louca!! Só não é quem se permanece no padrão dito como normal...

    Se cuida...

    Rafael

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  2. Sê bem-vinda. Já te inclui nos links, um toque de poesia, num blogue de prosa, fica sempre bem.

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  3. Fico na expectativa do que aqui vais escrever.
    Pelo que dizes neste post e no outro blogue, que não consegui comentar...
    Beijos

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  4. Quis comentar no outro blogue:
    "Parabéns, o texto é muito bom.
    És multifacetada... prosa ou poesia, sabes o que fazes...
    Beijos."
    Mas não consegui...

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